O futuro pós-pandemia II

O futuro pós-pandemia II…

Por Emerson Souza Gomes

Entre salvar 1.000.000 ou 100.000 vidas….

…o que você escolheria?

Estado Mínimo

Políticas assistencialistas, tributação da riqueza, rever a rigidez dos orçamentos dos países, são algumas medidas que se aventa serem adotadas pelo mundo afora. Haverá um maior protagonismo da figura do Estado na reconstrução das economias em razão do vírus. É franco o enfraquecimento da ideia de uma menor intervenção no domínio econômico. O Estado Mínimo – sonho de alguns, pesadelo de outros – por força de pragmatismo, demonstra-se uma noção colocada de lado no futuro pós-pandemia.

Se algo acontece, algo deve ser feito

Em situações de exceção, a ideologia dá vazão ao pragmatismo. Planos de governo já foram alterados em função da pandemia, mas a situação nos remete a medidas mais profundas. O Estado terá que protagonizar investimentos, e isso se aplica não só a países como o Brasil, mas também aos de tradição liberal. O dinheiro terá de vir de algum lugar. Por aqui, e a curto prazo, ainda que levada a efeito a reforma administrativa, a esperada reforma tributária acena que não poupará o bolso do contribuinte.

Já fomos pragmáticos

Falando em pragmatismo, tivemos contato com ele na reforma da previdência: “Se não for aprovada a reforma, faltará dinheiro para o pagamento de aposentadorias”. Para persuadir a opinião pública, chegou-se a fazer comparações com países e trabalhadores do primeiro mundo; e venceu o pragmatismo.

Tributar a fortuna

Sejamos pragmáticos sem preconceito; e a locução “grande fortuna” é digna do mais arraigado preconceito. O imposto consta na Constituição desde 88 e, até hoje, por força de lobby, não foi tirado da folha de papel. Mas passar a tributar a riqueza – algo que nem de longe é sinônimo de tributar a classe média – é uma via para o Estado cumprir com a missão que tem pela frente. Já passou da hora de sermos pragmáticos.

Não é para tanto

É para tanto. Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, queda do Muro de Berlim, atentado às Torres Gêmeas, enfim, a Pandemia demonstra-se equipotente a todos esses fatos históricos com a peculiaridade de que, os seus efeitos, não são indiretos. O mundo se transformou em um campo de batalha. Seja aqui na Ilha, como em qualquer ponto dos dois hemisférios, economia e vida estão na berlinda. Não podemos subestimar o futuro.

212.964.112

Quanto tudo passar – e passará – vamos ter que reconstruir o país e será preciso um estado forte. Não podemos subestimar o futuro; já fizemos isso no passado recente e os números estão aí. Por mais que alguns se esforcem em ranquear as mortes por milhão de habitantes, quando uma política pública equivocada é aplicada a um continente de 212.964.112 habitantes, o número de vítimas sempre será absoluto.

Eterno retorno

Mas retornando à questão, entre salvar 1.000.000 ou 100.000 vidas, o que você escolheria?… Esqueça, isso é com você, afinal…
…a escolha é sua.

Artigo originalmente publicado no jornal Folha Babitonga

Emerson Souza Gomes, advogado especialista em direito empresarial, sócio da Gomes Advogados Associados, email emerson@gomesadvogadosassociados.com.br, fone (47) 3444-1335
Emerson Souza Gomes, advogado especialista em direito empresarial, sócio da Gomes Advogados Associados, email emerson@gomesadvogadosassociados.com.br, fone (47) 3444-1335

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima